Cuidado farmacêutico na alta hospitalar de pacientes oncológicos
DOI:
https://doi.org/10.51208/saudeinovacao.v2i1.34Palavras-chave:
Atenção Farmacêutica, Alta hospitalar, Alta do paciente, Oncologia, Serviço hospitalar de oncologiaResumo
Introdução: O Desafio Global de Segurança do Paciente tem como objetivo identificar áreas de risco significativo para a segurança do paciente e fomentar o desenvolvimento de ferramentas e estratégias de prevenção de danos. Sendo assim, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), visa a redução do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde. Nesse cenário, o farmacêutico é um profissional importante, visto que suas ações visam a identificação e resolução de Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM), a melhoria da adesão e aumento da segurança no tratamento. Objetivo: Analisar o cuidado farmacêutico na alta hospitalar de pacientes oncológicos internados em um hospital terciário do Distrito Federal. Métodos: Estudo retrospectivo, de caráter observacional e abordagem metodológica quantitativa. Foram coletados dados contidos em prontuário eletrônico referentes aos pacientes que obtiveram alta hospitalar entre janeiro e agosto de 2020. Resultados: Foram registradas 638 altas hospitalares na unidade de internação oncológica. Destes, 107 pacientes foram contemplados com os serviços farmacêuticos na alta hospitalar (18%). Dentre os serviços, destacaram-se: dispensação de medicamentos para alta (38,6%), educação do paciente/acompanhante na alta (34%), encaminhamento farmacêutico na contra referência (27%) e reconciliação medicamentosa na alta (0,4%). Conclusão: O cuidado farmacêutico durante a alta hospitalar pode levar ao aumento do acesso aos medicamentos para uso pós alta e continuação do cuidado. Os serviços farmacêuticos que ocorreram em maior frequência estão relacionados com a promoção do uso racional de medicamentos já que deixa o paciente informado acerca dos riscos da terapia medicamentosa e promove melhor adesão à mesma.
Referências
Ministério da Saúde (Brasil). Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).
World Health Organization. WHO launches global effort to halve medication- related errors in 5 years. Geneva: World Health Organization, 2017.
World Health Organization. Medication Without Harm - Global Patient Safety Challenge on Medication Safety. Geneva: World Health Organization, 2017.
Alves NMC, Ceballos AGC. Polifarmácia em idosos do programa universidade aberta à terceira idade. Journal of Health & Biological Sciences, v. 6, n. 4, p. 412-418, 2018.
Sheikh A, et al. The third global patient safety challenge: tackling medication-related harm. [Internet]. Bull World Health Organ. 2017; 95: 546–546A.
World Health Organization. Transitions of Care: Technical Series on Safer Primary Care. World Health Organization 2016.
Kripalani S, et al. Promoting effective transitions of care at hospital discharge: a review of key issues for hospitalists. Journal of hospital medicine: an official publication of the Society of Hospital Medicine, v. 2, n. 5, p. 314-323, 2007.
MCGAW J, et al. A multidisciplinary approach to transition care: a patient safety innovation study. The Permanente Journal, v. 11, n. 4, p. 4, 2007.
Barnsteiner JH. Medication Reconciliation: Transfer of medication information across settings keeping it free from error. AJN The American Journal of Nursing, v. 105, n. 3, p. 31-36, 2005.
Marques LFG, Romano-Lieber NS. Estratégias para a segurança do paciente no processo de uso de medicamentos após alta hospitalar. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 24, p. 401-420, 2014.
Costa JM, et al. Otimização dos cuidados farmacêuticos na alta hospitalar: implantação de um serviço de orientação e referenciamento farmacoterapêutico. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, v. 5, n. 1, 2014.
Griffith NL, Schommer JC, Wirsching RG. Survey of inpatient counseling by hospital pharmacists. American Journal of Health-System Pharmacy, v. 55, n. 11, p. 1127-1133, 1998.
Lima LF, et al. Pharmaceutical orientation at hospital discharge of transplant patients: strategy for patient safety. Einstein (São Paulo), v. 14, n. 3, p. 359-365, 2016.
Saunders SM, et al. Implementing a pharmacist-provided discharge counseling service. American journal of health-system pharmacy, v. 60, n. 11, p. 1101-1101, 2003.
Conselho Federal de Farmácia (Brasil). Resolução nº 585 de 29 de agosto de 2013. Regulamenta as atribuições clíncias do farmacêutico e dá outras providências.
Arbaje AI, et al. The geriatric floating interdisciplinary transition team. Journal of the American Geriatrics Society, v. 58, n. 2, p. 364-370, 2010.
Santos H, et al. Atribuições do farmacêutico em unidade de assistência de alta complexidade em oncologia. Infarma-Ciências Farmacêuticas, v. 25, n. 1, p. 37-42, 2013.
Vieira C, Brás M, Fragoso M. Opióides na Dor Oncológica e o seu Uso em Circunstâncias Particulares: Uma Revisão Narrativa. Acta Medica Portuguesa, v. 32, n. 5, 2019.
Silva MJS, Osorio-De-Castro CGS. Organização e práticas da assistência farmacêutica em oncologia no âmbito do Sistema Único de Saúde. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 23, p. e180297, 2019.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Weverson Reis

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os autores declaram aceitar a política de direito autoral praticada pela revista. A submissão de originais para a Revista Saúde e Inovação implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Saúde e Inovação como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Revista Saúde e Inovação adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0): https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR