Neutropenia Febril: o perfil do tratamento antifúngico em paciente onco-hematológico
DOI:
https://doi.org/10.51208/saudeinovacao.v2i1.64Palavras-chave:
Neutropenia febril, Tratamento empírico, Antifúngicos, Onco-hematologia, ProtocoloResumo
Introdução: A Neutropenia Febril (NF) é uma complicação frequente e grave, podendo ser um sintoma da patologia oncohematologica, normalmente apresentada após ciclo de quimioterapia citotóxica. Na maioria dos casos a etiologia infecciosa não pode ser determinada, tendo por principal sintoma a febre de origem desconhecida. As terapias antifúngicas empíricas iniciam-se nos casos de NF por infecção grave. Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes com diagnóstico de NF, dos antifúngicos mais utilizados incluindo tempo de início e duração, e dos fungos mais prevalentes na unidade de oncohematologia de um hospital terciário do Distrito Federal. Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo, de caráter observacional e abordagem metodológica quantitativa, desenvolvido em um hospital terciário do Distrito Federal. Coletados dados do ano de 2020 de todos os pacientes que fizeram uso de antifúngicos na unidade de oncohematologia com diagnóstico de neutropenia febril. Resultados: Obteve-se um total de 43 possuíam diagnostico de neutropenia febril. Dentre os antifúngicos que se destacaram no uso empírico foram: fluconazol (83,7%), o voriconazol (60,5%) e a anidulafungina (34,9%) . Dentre os pacientes diagnosticados com neutropenia febril, 95,34% fizeram quimioterapia antineoplásica na internação anterior ao diagnóstico. Conclusão: O perfil de medicamentos antifúngicos está de acordo com a literatura sendo primeira linha de tratamento, entretanto no nosso estudo a classe dos azóis foi predominante. Este estudo demonstrou que o perfil predominante dos pacientes que evoluíram com NF foi do sexo masculino, com diagnóstico de LMA, tratamento prévio com quimioterapia e com comorbidades.
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